Na noite de quarta-feira (21) o Cepel marcou importante presença na 2ª edição do Prêmio de Inovação das Empresas Eletrobras. Na Categoria Eficiência de Ativos de Geração o projeto “Avaliação de Integridade de turbinas de geração termelétrica a partir da monitoração e modelagem matemática” levou o troféu de 1º lugar, enquanto o projeto “IMA Pulse Shape Analysis” ficou com o prêmio de 2º lugar. Na Categoria Transição Energética, o projeto “Cálculo automatizado das incertezas da produção energética P90 de parques eólicos” venceu como segundo colocado, enquanto o projeto “AAEXP – ACV Pegada de Carbono” ficou com o 3º lugar. Finalizando as categorias nas quais o Cepel teve efetiva participação, em Reconhecimentos Extras o projeto “TOPSIM – Ambiente de Simulação para Treinamento e Certificação de Operadores” ficou em primeiro lugar em dois quesitos, sendo eles Maior Contribuição Tecnológica para as Empresas Eletrobras e Maior Abrangência entre as Empresas Eletrobras.
A cerimônia celebrou a cultura de inovação por meio do reconhecimento e valorização dos colaboradores que através de seus projetos cooperaram decisivamente para a criação de soluções em pesquisa, desenvolvimento e inovação os quais apresentam benefícios para as Empresas Eletrobras não só nas áreas fins, mas também nas áreas administrativas. Os três pilares de destaque para a seleção dos premiados foram: maior contribuição tecnológica, maior contribuição científica e maior abrangência entre as Empresas Eletrobras. Ao todo concorreram 115 soluções sendo elas desenvolvidas por mais de 450 colaboradores do grupo Eletrobras e do Cepel. Nesta edição, o prêmio contou com 14 categorias o que permitiu que funcionários de todas as áreas das empresas pudessem concorrer.
Transformação e renovação
Sobre o processo de inovação, Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, destacou o comportamento da nova geração, que diferente das anteriores onde foram ensinadas a não errarem, hoje buscam testar e apreender com os erros, de modo a não só superá-los, mas também a compreender o que poderia ser alterado e como isso pode ser otimizado.
“Para que a gente inove, a gente precisa aceitar o erro. Precisamos estimular as pessoas a tomarem riscos, dentro de circunstâncias razoáveis, e arriscar a fazer de uma forma diferente, testar fazer de uma forma diferente”.
Wilson, ainda sobre o tema, afirmou: “esse espírito da juventude é o espírito que a gente tem que trazer para a nossa companhia, neste novo momento da companhia. […] Aqui temos esses testes excepcionais. O que eu queria, acima de tudo, é exaltar esse novo momento da cultura que é livre para testar e especialmente livre para reconhecer […] cada uma dessas soluções está fazendo a nossa nova Eletrobras melhor do que era antes, e é isso que a gente quer, a gente quer exatamente fazer uma Eletrobras que seja mais dinâmica, que seja mais amigável, que seja mais próxima dos clientes, e eu sei que tem vários dos projetos aqui que não foi feito por uma pessoa, foi feito por várias, o que é um pouco desse espírito de colaboração que a gente não tinha e que é o espírito de hoje”.
O novo vice-presidente de Inovação, P&D, Digital e TI, Juliano de Carvalho Dantas, sobre o Prêmio de Inovação, declarou: “chegar na empresa e já poder enxergar uma iniciativa desse porte com esse nível de alcance e participação ampla de toda a organização […] aqui a gente vê o futuro, o futuro está aqui e a nossa missão é distribuir esse futuro na organização inteira […] de fato as entregas que a gente está vendo aqui estão agregando valor a companhia ou que vão gerar daqui a pouco valor para a Empresa e para outras pessoas. […] o que estamos construindo aqui na vice-presidência é mais uma usina na Eletrobras, a usina de inovação que tem potencial de escala muito grande, e é a usina que transforma essa energia inovadora em produtos para a companhia, para a companhia crescer e alcançar novos mercados”.
Conheça os projetos premiados
Premiado em primeiro lugar em dois quesitos da categoria Reconhecimentos Extras, o “TOPSIM – Ambiente de Simulação para Treinamento e Certificação de Operadores”, é uma solução Cepel integrada ao SAGE, principal sistema supervisão e controle do país. O simulador digital de sistemas elétricos é capaz de reconstituir eventos no sistema de potência e expor os operadores às condições normais ou de emergência. A equipe de desenvolvimento do programa é composta por Rafael Ramos Gomes, Marcelo Rosado da Costa, Alexandre Gomes Lajes, Eduardo Leite Moutinho.
Na categoria Eficiência de Ativos de Geração, também vencedor do prêmio de 1º lugar, o projeto “Avaliação de Integridade de turbinas de geração termelétrica a partir da monitoração e modelagem matemática”, de autoria de Bruno Reis Cardoso, Carlos Frederico Trotta Matt e Heloisa Cunha Furtado, desenvolveu métodos de cálculo inéditos para prognóstico de vida remanescente de componentes críticos de turbinas de geração elétrica, que foram integrados ao SOMA, dando origem ao produto Soma-Turbodiag. Trata-se de um resultado do projeto denominado Turbodiag, da Carteira de Projetos de P&D Institucionais (Carteira PI) realizados pelo Cepel para a Eletrobras.
Também na categoria Eficiência de Ativos de Geração, o projeto “IMA Pulse Shape Analysis” conquistou o prêmio de 2º lugar. O trabalho de Daniel Leandro Argôlo, Caio Fleming Ferreira de Carvalho, Hélio de Paiva Amorim Junior e André Tomaz de Carvalho, é mais um produto do projeto IMA (Instrumentação para Monitoramento e Análise), que já gerou soluções premiadas internacionalmente.
A ferramenta automatizada serve para a discriminação de diferentes fontes de defeito e interferências externas associadas às medições de Descargas Parciais (DP). Incorporada ao IMA-DP Autônomo, acrescentou competitividade ao produto, equiparando-o às soluções internacionais no que tange a análise de resultados.
Em Transição Energética o Cepel recebeu dois prêmios, sendo o projeto “Cálculo automatizado das incertezas da produção energética P90 de parques eólicos”, vencedor do segundo lugar, e o projeto “AAEXP – ACV Pegada de Carbono” premiado com o terceiro lugar.
O projeto “Cálculo automatizado das incertezas da produção energética P90 de parques eólicos” utiliza uma metodologia desenvolvida pelo Centro é algo inédito e vai ajudar a Eletrobras a obter o P90 de seus empreendimentos de forma padronizada, reduzindo riscos. A determinação do P90 (produção energética com 90% de probabilidade de ser atingida num empreendimento de geração eólica) é uma exigência da EPE para participação em leilões de energia elétrica. A metodologia foi desenvolvida no âmbito da Carteira PI do Cepel para Furnas. Integram a equipe do trabalho: Vanessa Gonçalves Guedes, Ricardo Marques Dutra, Sergio Roberto Ferreira Cordeiro de Melo, Angelo Alberto Mustto Cabrera, Victor Santos e Vitor Pinheiro Pinto.
O projeto “AAEXP – ACV Pegada de Carbono” é uma iniciativa que faz parte do Programa Sustentabilidade 4.0 da Eletrobras, e foi desenvolvida pelos pesquisadores Denise Ferreira de Matos, Alexandre Mollica Medeiros, Igor Pinheiro Raupp, João Gabriel Gonçalves de Lassio, Juliano Lucas Souza de Abreu. Nela, estão sendo desenvolvidas metodologias de cálculo de pegada de carbono para diferentes tipologias de empreendimentos do setor. O estudo apresentado para o Prêmio é sobre usinas termelétricas a gás natural e usa como estudo de caso a UTE de Santa Cruz, de Furnas.
