Projeto Flex Petrobras: avanços nos estudos sobre conversão de plantas de geração termelétrica em regime de operação flexível

O Projeto Flex Petrobras é um dos quatro projetos que estão sendo realizados pelo Cepel para a Petrobras, cujo objetivo é avaliar melhorias necessárias em duas Usinas Termelétricas para atender aos Leilões de Reserva de Capacidade, atuando em regime de operação flexível. Um importante marco do Projeto é a realização do Workshop Operações Flexíveis em UTE’s (usinas termelétricas), que será apresentado para as equipes técnicas da Petrobras e do Cepel na primeira semana de março de 2023. Especificamente para este Projeto, o Cepel contratou o Electric Power Research Institute (Epri), dos Estados Unidos, que trabalha na especificação técnica de aperfeiçoamento dos equipamentos das usinas para atender às demandas de operação atuais. O Projeto Flex Petrobras teve início em agosto de 2022, e tem previsão de término em fevereiro de 2024. 

Hoje, de acordo com o modelo definido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a operação das plantas termelétricas ocorre no regime de trabalho prolongado, com suas paradas programadas. Contudo, o ONS iniciou a implementação de um novo modelo, onde as usinas entrarão em operação de acordo com a demanda necessária ao sistema. A questão é que as plantas não foram projetadas para essa nova situação, por isso é necessário prever o que irá acontecer em seus componentes nesse novo regime de operação.  Aqui entra a importância do Projeto Flex Petrobras, pois esse estudo serve justamente para mitigar as adaptações e os investimentos fundamentais para plantas suportarem esse modo de operação.  

As plantas usadas no estudo são: Termorio, Usina Termelétrica localizada em Duque de Caxias/RJ, e Ibirité, Usina Termelétrica localizada na região metropolitana de Belo Horizonte/MG, ambas sob a administração da Petrobras. Essas usinas têm um papel essencial nos testes para a verificação de como será o desempenho das plantas em operação flexível, e se há a possibilidade de adaptá-las ao novo modelo de funcionamento. A parceria com o Epri se desenvolveu no decorrer desse estudo, pois no Brasil não há expertise e conhecimento necessários para a realização dessa análise. 

O Cepel, por meio deste Projeto, oferece toda assistência à Petrobras para que as informações resultantes da avaliação do Epri sejam assimiladas, tratadas e transmitidas da maneira mais efetiva para aplicação em suas UTE. Pela atuação da equipe do Cepel em sintonia com a da Petrobras, toda a sua programação encontra-se 30 dias adiantada em relação ao seu cronograma original. Outro ponto importante a ser mencionado a respeito do Projeto Flex Petrobras, é a transferência de tecnologia entre o  Epri e o Cepel, que possibilitará a realização de outros projetos com objetivo de gerar melhorias para a geração termelétrica no setor elétrico do país e, consequentemente, para toda sociedade brasileira. 

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